Numa tarde fria de agosto, olho pela janela e vejo solitário, sob a chuva fraca, um Colibri que voa de galho em galho numa árvore cinzenta e quase sem folhas, com sua visão apurada vê cores muito além do que possamos imaginar, ainda mais num dia de inverno aparentemente sem vida, com a veloz batida de suas asas, voa ansioso a procura de um doce nectar, no intento de consolar o seu amargo pesar.
O pesar que ronda o coração de quase todas as espécies da terra, o desgosto que está além da compreensão dos sábios, a máxima dos solitários, a questão sem resposta, a falta daquilo que nunca lhe pertenceu.
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1 comentários:
Mas um dia ele pousa e faz seu ninho...
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